De acordo com uma pesquisa do Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores, 39% de usuários da América Latina já realizaram alguma pesquisa por voz. Esse método de pesquisa vem se tornando cada vez mais popular no Brasil e é importante que sua empresa acompanhe essas mudanças.
Profissionais da área apostaram que a pesquisa por voz seria uma tendência de SEO e que ela poderia substituir a pesquisa realizada de forma tradicional. Por mais que a segunda afirmação ainda seja precoce, a pesquisa por voz se destacou no cenário tecnológico e reflete a importância de marcas apostarem em estratégias de SEO para voz.
Aplicar a estratégia de pesquisa por voz é importante para garantir acessibilidade às pessoas com deficiência que podem estar buscando por uma informação. Além disso, a adição de fatores de acessibilidade em seu site, assim como o alt text, é relevante para o Google na hora de classificar e exibir os resultados das pesquisas na SERP.
Portanto, se você ainda não está familiarizado com o conceito da pesquisa de voz ou não sabe por onde começar a aplicar essa estratégia, continue lendo o artigo. Nós iremos explicar o que é a pesquisa por voz, quais as principais vantagens para uma empresa, além de dicas importantes para aplicar em sua estratégia. Boa leitura!
Antes de mais nada, o que é pesquisa por voz?
A pesquisa por voz é um tipo de busca realizada na internet em que a pessoa fala a sua dúvida, ao invés de escrever. Portanto, o usuário fala para o dispositivo sua pergunta e ele transcreve o que foi dito, respondendo de volta por voz o melhor resultado encontrado.
Primeiro, a pesquisa por voz é uma ferramenta que decodifica as palavras que a pessoa fala e transforma esse conteúdo em texto. Após isso, a pesquisa é realizada da forma convencional que já conhecemos, seguindo os fatores de ranqueamento do Google para encontrar e entregar a melhor resposta ao usuário.
Ademais, a pesquisa por voz transformou a maneira como humanos e máquinas se comunicam. Ao invés de apenas digitar como em uma busca tradicional no Google, o ser humano é capaz de se comunicar com uma máquina e usar a sua habilidade de fala para encontrar respostas de uma forma fácil e objetiva.
Os estudos de pesquisa por voz evoluíram bastante com o tempo. Apesar dos assistentes virtuais serem considerados uma tecnologia recente, já em 1962 foram apresentados pela IBM no computador Shoebox, na Feira Mundial de Seattle, capaz de reconhecer 16 palavras por meio da voz.
Depois foi apresentado ao público o Harpy, um sistema desenvolvido pela Universidade Carnegie Mellon que conseguia reconhecer cerca de mil palavras. E a tecnologia continuou a ser desenvolvida, sendo a Apple a primeira empresa a desenvolver uma assistente de voz completa, em 2011, com a Siri.
Portanto, se você usa dispositivos inteligentes em sua casa, como a Alexa e o Google Home, ou já usou assistentes pessoais como a Siri da Apple ou a Cortana da Microsoft, você faz parte desta história e tem contato constante com a tecnologia.
Aliás, em dispositivos inteligentes como a Alexa e o Google Home, apenas o primeiro colocado da página de busca do Google é lido pelo assistente. Entretanto, caso realize uma pesquisa por voz nos celulares, há a possibilidade de explorar outros resultados como se tivesse digitado.
Porque devo otimizar meus conteúdos para pesquisa de voz?
Como vimos, as pesquisas por voz estão em alta e acompanhar a tecnologia é imprescindível para obter sucesso em sua estratégia. Além disso, a pesquisa por voz segue a mesma estratégia de SEO que as empresas já aplicam no dia a dia, por isso, não irá dar retrabalho.
Os mecanismos de busca funcionam para entregar sempre a melhor resposta para o usuário. Além disso, os próprios mecanismos de busca também evoluíram. Há uma década, para encontrar uma boa resposta era preciso escrever corretamente a palavra-chave do tema daquilo que estava buscando – ainda não sendo capaz de sanar erros de digitação e identificar contexto.
Contudo, como o Google sempre teve o foco de otimizar seus resultados, ele lançou tecnologias que fossem capazes de entender aquilo que o usuário quisesse expressar, mesmo sem digitar com exatidão. Em 2018 o Google lançou o BERT, algoritmo de machine learning para buscas que inovou a maneira de se fazer SEO e de escrever conteúdos na internet.
As pessoas estavam acostumadas a utilizar bastante palavras-chave para encontrar aquilo que precisavam, mas com a evolução das tecnologias de voz, a maneira como o usuário realiza uma pesquisa se tornou mais fácil e prática, assim como o recurso Google Lens – que utiliza inteligência artificial para decodificar figuras e textos para interpretar e encontrar o resultado que precisa.
A pesquisa foi aperfeiçoada para garantir que a pessoa pudesse encontrar a resposta que precisava. O Google passa a ser capaz de compreender os contextos da linguagem humana e a facilitar a maneira como fazemos pesquisas. Por isso, tudo isso facilita que os mecanismos de busca identifiquem aquilo que a gente pesquisa, através da voz, e encontre de forma rápida e precisa.
Segundo uma pesquisa do Bing, pesquisar falando é 3.7x mais rápido que digitando. Em um mundo em que é desejado ganhar tempo, é importante que as empresas acompanhem as mudanças da sociedade.
Ademais, empreendedores e profissionais da área devem compreender as mudanças de comportamento da sociedade e das tecnologias, como as mudanças de algoritmo do Google, para saber como aprimorar as suas estratégias e satisfazer os desejos do seu cliente final.
Quem faz pesquisa por voz?
A pesquisa por voz no Google se tornou algo essencial no dia a dia dos brasileiros. A geração Y, por exemplo, são as pessoas que cresceram com a internet e a informação, e foram moldadas por essa realidade, portanto, eles estão acostumados a obter tudo de forma rápida e objetiva.
Por isso, as pessoas da geração da internet consomem tudo o que é novo da tecnologia, bem como a pesquisa por voz. Seja em casa para tirar dúvidas rotineiras, para recriar uma receita ou para utilizar os dispositivos inteligentes para apagar a luz de casa, sua empresa precisa estar atenta aos novos comportamentos e entregar conteúdos completos e objetivos.
E por mais que possamos concluir que toda essa mudança para uma pesquisa por voz seja apenas para suprir a correria do dia a dia, a evolução da tecnologia é muito importante para aqueles que não conseguem utilizá-la da forma convencional, como as pessoas com deficiência, ou PCD.
Além disso, esses sistemas estão sempre melhorando para reconhecer a diversidade de padrões de fala associados à deficiências.
Além disso, as pessoas não utilizam mais apenas o computador para fazer pesquisas, o que implica que as pessoas têm aumentado o uso de dispositivos móveis. De acordo com a StatCounter, o uso da internet em dispositivos móveis superou a quantidade de aparelhos desktop no mundo todo em 2016.
Portanto, os celulares tem a premissa de facilitar o dia a dia do ser humano e é mais simples tirar uma dúvida na correria do dia pela voz. Como estamos em uma sociedade que preza pela agilidade, é lógico que sua empresa ofereça todo o suporte para entregar aquilo que o usuário quer.
Estratégias para incluir a pesquisa de voz no seu SEO
Não existe uma fórmula mágica para incluir o seu conteúdo nos primeiros resultados, aqueles que aparecem em pesquisas por voz. Como já foi visto, a estratégia de SEO não faz distinção de uma busca tradicional para uma busca por voz. Entretanto existem algumas dicas valiosas que podem ser levadas em conta na hora de criar e otimizar um conteúdo para o site.
Crie conteúdos que respondam às perguntas dos usuários
Uma forma de deixar o seu conteúdo otimizado para pesquisa de voz é criar seções para as perguntas que são frequentemente feitas sobre aquele assunto, ou FAQ como são conhecidas. Essa é uma estratégia de conteúdo interessante, pois o FAQ é feito para responder de forma prática e direta às perguntas feitas pelas pessoas.
Como vimos, tornou-se frequente as pessoas utilizarem a pesquisa por voz para realizar perguntas, por isso, estruturar as páginas do seu site para que respondam às perguntas de forma objetivas vai sinalizar ao Google que o seu conteúdo tem tudo aquilo que o usuário quer saber naquela situação.
Por exemplo, você pode criar um subtítulo em seu texto como “O que é pesquisa por voz?” e responder logo no início do parágrafo, de forma direta, aquilo que o usuário está perguntando, sem delongas. Isso vai mostrar para o Google que o seu conteúdo não está enrolando para entregar a resposta e é um bom resultado, aumentando as chances de aparecer em algum featured snippet.
Otimize os conteúdos para os featured snippets
O featured snippet são as caixas de resposta em destaque que aparecem na página de busca, junto com os web stories, mais conhecidas como posição zero. Nas buscas por voz, os assistentes virtuais tendem a buscar este tipo de informação mais objetiva para entregar como resposta aos usuários.
Os featured snippets são considerados como a posição zero de uma página de resultados, porque aparecem antes mesmo dos resultados orgânicos. Entretanto, não há uma garantia ou fórmula mágica para que os seus conteúdos apareçam ali, apenas existem otimizações que podem aumentar as chances, como as respostas objetivas que respondem diretamente uma pergunta feita no subtítulo nos seus conteúdos.
Dê preferência às palavras-chave de cauda longa
Como os usuários fazem perguntas no buscador do Google? Através de palavras-chave. E, mais precisamente, os usuários tendem a utilizar palavras-chave mais longas e específicas, chamadas de palavras-chave de cauda longa. As pessoas utilizam este tipo de palavras-chave pois precisam estruturar suas dúvidas em frases mais longas.
Por isso, uma parte muito importante da estratégia de SEO é estudar quais são as palavras-chave que você utilizará em seu site. Antes disso, é importante entender qual é o seu cliente final para escolher de forma assertiva os termos que o usuário pode utilizar para tirar uma dúvida no Google.
Na hora de estudar e criar o planejamento para uma estratégia de pesquisa de voz, segue-se a mesma linha: escolher as palavras-chave para um conteúdo do seu site, considerando a forma oral dessa pergunta. Por exemplo: “Qual o horário de funcionamento do shopping?“. Como falar é mais livre e dá menos trabalho do que escrever, as pesquisas vão seguir um mesmo padrão, como “o que é”, “como”, “o que” seguida de palavras-chaves específicas do assunto.
Portanto, o padrão de uma busca feita por voz é em forma de pergunta. Isso significa que, em vez de pesquisar através de um termo genérico, como “shopping”, o usuário vai, de forma automática, falar em forma de pergunta – você precisa estar preparado para isso.
Tenha um site desenvolvido para o mobile
Se grande parte das buscas são feitas pelo celular, é importante que o seu site ofereça a melhor experiência mobile possível. Para isso, é necessário utilizar um design responsivo, isto é, é preciso que todos os elementos do site apareçam para as pessoas que o acessam pelo celular, e mais, que garanta uma boa performance, como a velocidade de carregamento da página.
Com a evolução da forma de navegar pela internet em que se é realizada mais pelo celular do que no desktop, eles precisam ter uma boa experiência nas páginas. Isso sinaliza ao Google que você já pensou sobre a qualidade da experiência do seu potencial cliente e vai trazer aquilo o que ele precisa.
Portanto, tenha certeza que o buscador sempre vai priorizar para a primeira posição o site que oferece tanto o melhor conteúdo, quanto a melhor performance em dispositivos móveis.
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Garanta uma boa experiência para o usuário
A pesquisa por voz é uma estratégia relevante para garantir uma boa experiência do usuário em seu site, principalmente no mobile, conquistando esse formato de navegação que vem concentrando mais usuários e ganhando destaque nos últimos anos. Tudo isso com acessibilidade, tornando a internet mais inclusiva.
Para isso, uma boa alternativa para empresas que querem implementar este tipo de estratégia de SEO é contar com uma agência especializada de consultoria. Com um time de qualidade, a entrega gera resultados que impactam diretamente nas vendas e autoridade da marca.
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